domingo, junho 02, 2013

Parada Gay de SP vai protestar contra "infelicianos", diz organizador.

A 17ª Parada Gay de São Paulo, que será realizada neste domingo (2), terá "protestos contra os 'infelicianos' que estão no poder e contra aqueles que são formadores de opinião". É o que diz Fernando Quaresma, presidente da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo), organizadora da parada. O evento acontece a partir do meio-dia na avenida Paulista, região central da capital.

O termo usado por Quaresma faz referência ao deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), atual presidente da CDH (Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara).

"Mas o Feliciano é apenas a ponta do iceberg. Haverá manifestação contra o [pastor Silas], Malafaia, contra o [deputado Jair] Bolsonaro, contra a [ex-atriz e deputada estadual] Myrian Rios, contra a Joelma [da banda Calypso]. Essa última, por exemplo, não ocupa um cargo eletivo, mas é formadora de opinião", disse Quaresma.

Feliciano colocou na pauta da CDH a discussão do projeto que ficou conhecido como "cura gay" e recebeu o apoio do deputado Bolsonaro (PP-RJ). O pastor Malafaia chegou a comparar homossexuais a criminosos na TV aberta, e Myrian Rios (PSD-RJ) polemizou ao relacionar gays com pedofilia. Já a cantora Joelma se posicionou contra o casamento gay e comparou homossexuais a drogados em recuperação.

"Nosso protesto é contra pessoas que ocupam cargos para os quais não estão capacitadas. O político, quando é eleito, é eleito para representar toda a população, não apenas um grupo", afirmou Quaresma.

O tema da parada este ano será "Para o armário nunca mais! União e Conscientização na luta contra a homofobia". O objetivo dos organizadores é lutar contra possíveis retrocessos nos direitos já conquistados pela comunidade LGBT. A manifestação contra figuras públicas que de alguma forma se posicionaram contra os homossexuais será feita no último dos 17 trios elétricos a desfilar pela avenida Paulista.

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