quinta-feira, fevereiro 26, 2015

Mulheres empreendedoras cresce 40% no Rio Grande do Norte.

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae) divulgou o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas. Em parceria com o  Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na última década, mostra que 55% das donas de pequenos negócios tinham, pelo menos, iniciado o Ensino Médio. Já entre os homens, esse percentual é de 38,5%.

No Rio Grande do Norte, o número de mulheres que estão na atividade empresarial tem crescido consideravelmente nos últimos dez anos. Entre 2002 e 2012, elas passaram de 87 mil para 122 mil segundo revela o anuário. Isso representa um aumento de 40,2%. Também foi registrado que houve um crescimento de 27,2% de homens entrando no ramo empresarial.

O levantamento também verificou a posição quanto ao perfil dos empregadores nos pequenos negócios em relação ao sexo. Segundo o estudo, no Rio Grande do Norte a taxa de mulheres que estão à frente de pequenas empresas e com funcionários contratados vem crescendo.

Em 2002, eram 10 mil mulheres empregadoras e, em 2011, esse número passou para 15 mil. Mas o sexo masculino ainda predomina nos negócios potiguares de pequeno porte. Nesse mesmo intervalo, a quantidade de homens que são patrões saltou de 27 mil para 31 mil. Contudo, em termos percentuais, o avanço feminino foi maior.

O estudo verificou ainda que mais de 92% das empreendedoras do Rio Grande do Norte que atuam por conta própria – sem empregados – procuram encontrar espaço na rotina para conciliar a gestão da empresa com os afazeres domésticos. No caso das que têm funcionários, o percentual é menor, 75%. Esse tempo para realizar as tarefas do lar consome, em média, 27 horas semanais das empresárias potiguares.
O Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas também avaliou o comportamento das brasileiras no quesito filhos e mostra que a curva de mulheres que empreendem e possuem filhos está em declínio.

Em 2002, as empreendedoras casadas e solteiras com filhos representavam 73,2% do total de empresárias, enquanto as casadas sem filhos somavam 3,7% e os outros arranjos familiares 22,9%. Dez anos depois, os números mudaram. Em 2012, as empresárias casadas e solteiras com filhos somam 68,4% do total. Já as casadas sem filhos passaram a equivaler 10,3% e os outros arranjos familiares 21,2%.

Entre os empreendedores do sexo masculino, o anuário aponta tendência semelhante na última década. Em 2002, os empresários casados com filhos representavam 74,3% do total, enquanto os casados sem filhos 16,3%. Os que têm outro tipo de família somavam 9,4%. Dez anos depois, a realidade mudou. Os empreendedores sem filhos totalizaram 23% e os com filhos 62,6%. Já os enquadrados em outros tipos de família 14,4%.

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