Estão abertas as inscrições para escolas
que desejem participar da 20ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica (OBA). As inscrições se estenderão até 19 de março. Na
avaliação do coordenador nacional da OBA, o físico João Batista Garcia
Canalle, 2017 é um ano especial. “Não é todo dia que uma olimpíada
científica faz 20 anos de existência no Brasil, sem interrupções”.
Canalle admitiu, porém, que, com a
situação de dificuldades econômicas por que passa o país, com redução de
verbas destinadas a instituições científicas, as perspectivas não são
muito animadoras no objetivo de ultrapassar 1 milhão de alunos inscritos
este ano, pela falta de recursos para divulgação. “Por outro lado, a
gente está mantendo a animação, fazendo divulgação pela mídia, para
tentar envolver mais escolas e manter, pelo menos, 800 mil alunos por
ano, que é a nossa média há quase dez anos”, disse.
O coordenador sublinhou a importância da
astronomia e astronáutica para os estudantes dos ensinos fundamental e
médio. A primeira questão, segundo Canalle, é a consciência global. “As
pessoas acham que planeta é uma coisa que está no céu. No entanto,
esquecem que moram em um planeta, a Terra, que está também no céu. Mas
as pessoas não têm essa percepção. Ao desconhecerem isso, não percebem
que esse é o nosso lar. Não tem como nós morarmos em outro planeta do
sistema solar, exceto talvez Marte, com muito recurso e em um futuro
muito distante, e com muita tecnologia”.
O coordenador nacional disse que a
olimpíada visa despertar as crianças e jovens para a importância de bem
conservar o planeta Terra. “Aqui é o nosso lar, dependemos dessa estrela
[o sol], a lua tem a sua importância na estabilidade da orientação do
eixo de rotação da Terra, favorece o movimento das massas oceânicas com
as marés. Ou seja, nós somos seres planetários e, no entanto, por
ignorância, pensamos que ainda vivemos em um mundo de terra plana”.
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