sexta-feira, julho 28, 2017

Maduro propõe reconciliação, mas proíbe manifestações na eleição da Constituinte.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ontem (27) que a oposição participe de uma "mesa de paz e reconciliação" nas próximas horas, mostrando abertura ao diálogo antes da eleição da Assembleia Nacional Constituinte no domingo. Ao mesmo tempo, ele anunciou, também hoje, que estão proibidas, a partir de amanhã (28), todas as manifestações públicas que possam atrapalhar a eleição, alertando que os que desobedecerem poderão sofrer sanções penais.

Maduro pediu que os opositores deixem de lado o "caminho insurrecional" e voltem seu foco para a Constituição, pedindo antes do início do pleito a instalação de uma "mesa de diálogo, acordo nacional e reconciliação da pátria".

"Porque se não for assim, eu entregarei à Constituinte todo o poder de convocar de maneira obrigatória um diálogo nacional de paz com uma lei constitucional", disse o presidente em Caracas, diante milhares de seguidores, no ato de encerramento da campanha para as eleições de domingo.

Maduro apresentou a ideia de formar uma "mesa nacional de entendimento para discutir os grandes temas do país" no último dia da greve geral convocada pela oposição para pressioná-lo a desistir da Constituinte, que, para muitos opositores, servirá para a consolidação da ditadura na Venezuela.

O presidente recriminou várias vezes os "atos terroristas" cometidos durante os protestos da oposição contra o governo e reiterou que não há outra alternativa a não ser a Constituinte para obter a paz. No entanto, não explicou se adiará a Assembleia Constituinte se a oposição aceitar dialogar.

Muitas vozes do governo e da oposição falaram nos últimos dias sobre um diálogo para evitar mais confrontos no domingo. Porém, nenhum dos lados mudou de posição sobre a Constituinte.

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