Esta semana, a morte de uma mulher em
Natal reacendeu a polêmica da prática do jejum intermitente e do uso de
suplementos sem orientação nutricional. Ela teria ingerido um produto
manipulado antes de iniciar uma atividade física por volta das 14 horas
da terça-feira, 19, após ter, provavelmente, dispensado alimentação
desde a noite anterior.
Ana
Paula Ladeira que comentou a morte da mulher e alertou acerca dos riscos
de se tentar emagrecer por meio de uma má-alimentação e de não se ter
orientação no consumo de suplementos. Para ela, não se pode formular a
própria dieta apenas por pesquisa na internet.
“Primeiro é importante dizer que o jejum
intermitente é uma estratégia nutricional. Não é errado, desde que
acompanhado por um profissional. É recomendado para quem quer emagrecer,
perder gordura localizada e também para os casos de pessoas que
costumam comer muito pouco”, explicou Ana Paula.
Ela exemplificou a prática dizendo que
quem o faz passa parte do dia em jejum. “Tem casos em que se passa 12
horas sem comer, 14 horas, 18… Varia para cada caso. Neste intervalo sem
comida, o que se consome é água, café, chá ou suco de limão, pois todos
estes itens têm calorias mínimas”, citou.
De acordo com a nutricionista, o jejum
intermitente da mulher que morreu esta semana pode ter sido praticado de
maneira errada. “É algo que está na moda e, por isso, muita gente vai
buscar orientação na internet. Claro que existem profissionais sérios na
rede, mas antes de se recomendar a prática é preciso observar fatores
como imunidade, peso, altura… Para cada pessoa há uma estratégia”,
alertou.
A suplementação
“A moça em questão já era magra. Não
tinha reserva de gordura para queimar. Se tiver passado a noite e a
manhã inteira sem comer, estava sem energia. Daí foi treinar e ainda
tomou um termogênico, infelizmente, aconteceu o pior”, explica Ana
Paula.
O termogênico, conforme explicado pela
nutricionista, acelera o metabolismo. “Ele tem
estimulante e outras substâncias. Pode ser que tenha sido ingerido em
uma dose inadequada. Para quem sofre com problemas cardíacos pode ser
fatal”, alerta.
A nutricionista criticou o fato de
suplementos serem vendidos sem orientação de um profissional da
Nutrição. “Existem receitas manipuladas, isso é comum em academias. E
mesmo os que são vendidos nas lojas são comercializados sem receita.
Estes estabelecimentos deveriam ser como as farmácias. Estas têm
farmacêuticos. Os pontos que vendem suplementação deveriam contar com
nutricionista”, sugeriu. Via PnoAR.
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