O primeiro-ministro português António Costa defendeu hoje (20), na ONU,
uma reforma do Conselho de Segurança, alargando-o a países como o Brasil
e a Índia, e frisou que permanece o desejo entre os países lusófonos do
português figurar entre as línguas oficiais das Nações Unidas. A
informação é da Agência Lusa.
osta começou por aludir à recente resolução da Assembleia Geral das
Nações Unidas sobre a cooperação entre a ONU e a Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP), "que visa precisamente fortalecer as
complementaridades entre as duas organizações".
"Aproveito para
referir a importância da língua portuguesa, que se afirma hoje como um
instrumento de comunicação com dimensão global. Em meados deste século, o
português deverá contar com quase 400 milhões de falantes, o que tem
justificado a sua elevação a língua oficial em diversos organismos
internacionais. A adoção do português como língua oficial das Nações
Unidas permanece um desígnio comum dos Estados Membros da CPLP",
salientou o primeiro-ministro.
No plano político, Costa defendeu
também a reforma do Conselho de Segurança, "para lhe assegurar uma
representatividade acrescida do mundo atual".
"O continente
africano não pode deixar de ter uma presença permanente, e o Brasil e a
Índia são dois exemplos incontornáveis. Por outro lado, a complexidade
dos problemas globais que hoje enfrentamos impõe a necessidade de
cultivar as parcerias, envolvendo não apenas os Estados, mas também as
sociedades civis, as instituições financeiras internacionais, as
entidades públicas e privadas", advogou.
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