A CBF emitiu nota em seu site oficial para anunciar que concluiu o
processo de concorrência para venda dos direitos de transmissão das
partidas da seleção brasileira realizados em solo nacional entre
novembro deste ano e dezembro de 2022, período em que o Brasil disputará
dentro País amistosos e jogos válidos pelas Eliminatórias das Copas do
Mundo de 2020 e 2024.
Após abrir no início deste mês o processo de licitação para
comercializar os direitos de exibição dos confrontos da seleção, a
entidade agora revelou “que não recebeu propostas oficiais nos termos do
edital publicado” para firmar acordo com alguma emissora de tevê para a
venda do denominado “Pacote A”, referente à transmissão com
exclusividade em TV aberta, fechada, pay-per-view etc.
A CBF disse ter recebido “manifestações de interesse de múltiplas
empresas” para venda deste tipo de pacote, mas reconheceu que não houve
acordo com nenhuma delas e ainda confirmou que “agora avaliará as várias
opções para comercialização do conteúdo integrante do Pacote A,
podendo, inclusive, ser formatado um novo processo de concorrência em
breve”.
O organismo que controla o futebol brasileiro, porém, confirmou que
entrou em acordo com o Grupo Globo para venda do chamado “Pacote B”,
correspondente aos direitos de transmissão dos jogos da seleção no País
sem exclusividade, por meio de plataformas digitais. Ao anunciar este
acordo, a entidade destacou que a proposta do Grupo Globo superou “de
maneira significativa o valor mínimo estipulado”.
Quando abriu o processo de licitação, a CBF anunciou que
comercializaria os jogos do time nacional para transmissão em TV aberta e
fechada pelo valor mínimo de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 10,9 milhões
na cotação atual) por partida. Já no outro pacote, voltado para as
mídias digitais, o preço mínimo fixado foi de US$ 500 mil
(aproximadamente R$ 1,56 milhão) por partida
A Rede Globo ainda é tida como a emissora favorita para acertar
acordo para exibição de jogos e amistosos da seleção dentro do Brasil
neste período entre novembro deste ano e dezembro de 2022, mas ainda
enfrenta problemas para adquirir estes direitos de TV depois da
implementação do novo modelo de comercialização dos confrontos que
passou a ser adotado pela CBF.
A poderosa emissora, que antes ostentava um monopólio como detentora
dos direitos de TV da seleção brasileira, passou a conviver neste ano
com uma concorrência que não tinha há décadas, sendo que, em junho
passado, deixou de transmitir dois amistosos que o time comandado por
Tite disputou contra Argentina e Austrália, em solo australiano, após
não entrar em acordo com a CBF. Na ocasião, a Globo se manifestou
publicamente contra o modelo de venda avulsa das partidas proposto pela
entidade.
Agora, porém, a CBF voltou a se aproximar um pouco mais da emissora
carioca ao acertar a venda de um de seus pacotes da seleção para o Grupo
Globo. “Estamos felizes em anunciar este valioso acordo com o Grupo
Globo acerca dos direitos digitais, não exclusivos, das partidas da
seleção. Sem dúvida alguma, o Grupo Globo conta com enorme audiência
nestas mídias e assegurará máxima exposição à seleção. Estamos
igualmente orgulhosos em ter assumido o pioneirismo e concluído todo
este exemplar e transparente processo de concorrência”, afirmou Marco
Polo Del Nero, presidente da CBF, por meio da nota publicada no site
oficial da entidade.
A CBF adotou o novo modelo de venda dos direitos de transmissão dos
jogos da seleção brasileira em solo nacional em parceria com a Synergy
Football AG, agência de marketing esportivo contratada para assessorar a
entidade neste processo. Patrick Murphy, CEO desta agência, também
comemorou, por sua vez, o acordo que o organismo conseguiu firmar com o
Grupo Globo.
“A seleção brasileira é uma das mais icônicas e autênticas equipes do
mundo esportivo e estamos seguros de que o Grupo Globo produzirá uma
excelente cobertura em suas plataformas digitais para todos os
brasileiros”, afirmou o executivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário