Os supremacistas brancos foram responsáveis por sete em cada dez
assassinatos causados por grupos extremistas em 2017. O número de casos
atribuídos aos supremacistas brancos dobrou no ano passado em relação a
2016. As informações foram divulgadas nessa quarta-feira (17) pela Liga
Antidifamação (do inglês Anti-Defamation League-ADL), uma organização
não governamental (ONG) internacional que combate o antissemitismo e o
racismo.
Segundo o relatório da ADL, o número de mortes
provocadas pela supremacia branca supera os assassinatos cometidos por
extremistas islâmicos, por exemplo. Os supremacistas brancos são
diretamente responsáveis por 18 das 34 mortes relacionadas ao extremismo
em 2017. Nove foram ligadas a grupos extremistas islâmicos.
O
ano de 2017 foi o quinto da história com maior quantidade de homicídios
por grupos extremistas desde 1970. A ONG mostra que grupos extremistas
de direita foram responsáveis por 59% das mortes ocorridas em episódios
de crimes de ódio em 2017 nos Estados Unidos (EUA). No topo da lista
aparecem os supremacistas brancos, com 71% dos casos. Há no país cerca
de 917 grupos radicais em ação.
O
diretor da ONG Jonathan Greenblatt lembrou, em comunicado publicado na
página da ADL que no ano passado três casos de extremismo tiveram
destaque - dois ataques ligados a um terrorista islâmico e outro da
supremacia branca em Charlosttesvile. "Isso é um lembrete austero de
que o extremismo doméstico é uma séria ameaça à nossa segurança ”,
disse.
Ele lembrou também que não se pode ignorar uma forma de
extremismo em detrimento de outro. “Quando supremacistas brancos e
outros extremistas estão mais encorajados e encontrar novos públicos
para os seus pontos de vista cheios de ódio, a violência ganha espaço",
afirmou.
Outro ponto do relatório observou uma onda emergente de
assassinatos por nacionalistas negros. Grupos com essa classificação
foram responsáveis por cinco assassinatos.
Como conclusão, o
grupo recomenda maior comprometimento das autoridades em combater o
racismo. Autoridades federais e estaduais devem apoiar adequadamente
programas para combater todas as formas de extremismo violento,
incluindo a decorrente de ambas as organizações terroristas
internacionais e movimentos extremistas domésticos.
O relatório foi feito com base em dados oficiais do FBI e da justiça norte-americana. O estudo é realizado anualmente pela ONG.
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