terça-feira, março 20, 2018

'Ele falava que ia ser um bom pai', diz mãe sobre suspeito de matar bebê com sinais de abuso e espancamento em Piracicaba

O bebê de 1 ano e cinco meses que morreu suspeito de ter sido espancado e abusado sexualmente foi enterrado na manhã desta segunda-feira (19) em Piracicaba (SP). Durante o velório, a mãe do menino, Simone São Miguel da Silva, pediu por justiça: “Ele falava que nunca ia fazer maldade com meu filho, que ia ser um bom pai”. Principal suspeito do crime, o pai foi preso em flagrante por homicídio.

O bebê João Paulo Ferreira da Silva foi levado na manhã deste domingo (18) para o pronto-socorro da Vila Rezende em Piracicaba, mas ele já estava morto. A equipe médica desconfiou de espancamento e abuso sexual, e o pai foi detido logo depois suspeito do crime. 

Durante o velório, a mãe não conseguia conter o choro e falou que estava tentando se recuperar do vício em drogas, e por isso, a criança estava com a família do pai. “Eu estava me recuperando, pra pegar ele. Porque quando eu descobri que ele [o pai] estava na Justiça pra pegar ele, eu fui pra casa da minha mãe e falei pra minha mãe que não era pra eu ter voltado para as drogas e ter deixado ele. Eu ia imaginar que eu ia ver meu filho no caixão?"  

Simone falou ainda sobre a relação com o pai da criança e disse que não imaginava que algo assim pudesse acontecer.

"No começo ele era um bom pai para o meu filho. Eu fiquei numa clínica sete meses internada. Todas as visitas ele falava que ia cuidar bem do menino, que nunca ia fazer maldade com meu filho, que ia ser um bom pai e ia lutar pra gente ficar junto." 

O bebê foi enterrado no Cemitério Vila Rezende às 10h desta segunda-feira. O pai da criança, um ajudante de pedreiro de 28 anos, passou por audiência de custódia na manhã de segunda e vai ser encaminhado para a Penitenciária de Sorocaba (SP), segundo a Polícia Civil, onde ficará preso preventivamente.  

O corpo do bebê passou por autópsia no Instituto Médico Legal (IML) de Piracicaba para confirmar o abuso e a causa da morte, mas o resultado ainda não foi divulgado. O caso vai ser encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que vai dar andamento à investigação de abuso.

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